Correspondência Internacional: novos olhares sobre o mundo

por Bruna Rodrigues

Vladymir Lombardo e Fábio Koifman
Foto por Heloísa Facin
“Um bom jornalista precisa ser apaixonado pela notícia”. Esta declaração do correspondente internacional do Jornal El País no Brasil, Juan Arias, foi exibida em vídeo, produzido pela organização do evento, e abriu com chave de ouro o segundo dia da 2ª Semana Acadêmica de Jornalismo – Comunicar!, que teve como tema a Correspondência Internacional.

O jornalista destacou o fato de que o correspondente internacional não compete com os jornais nativos, e sim apresenta o olhar de um país em direção à notícia do outro. Além disso, fez considerações sobre a literatura brasileira, que ele considera rica, como também, sobre a facilidade gerada pela criação da internet para a veiculação de informação de outros países. 

A mesa composta pelo professor de Ciências Sociais (UFRRJ), Vladymir Lombardo, e pelo professor de História (UFRRJ), Fábio Koifman, não contou com presença do jornalista do El País, Francho Barón, que faltou devido a problemas pessoais. 

Lombardo começou a apresentação discutindo questões relacionadas à democracia e à internet. Segundo ele, a rede mundial de computadores foi criada para atender interesses militares e trouxe expectativas otimistas para a democracia representativa. Contudo, essa realidade não se estabeleceu, pois o uso político dela é mínimo. Ele ainda demonstrou sites e programas destinados a acompanhar as iniciativas e projetos do governo.

Simone Orlando
Foto de Phelype Gonçalves
O aluno de Jornalismo Vitor Ohana perguntou sobre a produção das notícias internacionais, que geralmente abordam questões de política e economia e, muitas vezes, espetaculariza acontecimentos violentos, como a guerra. Kofman respondeu que o jornalismo é feito “a gosto do freguês” e foi complementado por Lombardo: “O espetáculo faz parte do jornal e existe por que vende”.

Coordenadora do curso de Jornalismo, Simone Orlando, observou que a correspondência internacional é como qualquer outra atividade do jornal e, portanto, deve seguir a linha editorial do veículo. Além disso, ela salientou que a atividade fora do país demanda dinheiro e as formas alternativas de produzir notícia foram facilitadas com o advento das novas tecnologias.

O professor Fábio Koifman finalizou o debate agradecendo a presença de todos. Simone convidou os presentes para o terceiro dia da Comunicar!, que tem como tema Novas Tecnologias e o Jornalismo nas Mídias Sociais. 

A Comunicar começa sempre às 18h, no auditório Paulo Freire. Na parte da tarde, estão sendo oferecidas oficinas para os participantes.

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