“Bons sujeitos” da música
por Leandro Marlon
Um hobby, um desafio ou mesmo a urgência de participar de um festival: todos possuem a música como uma atividade paralela às graduações. O ICHS EM FOCO procurou alguns estudantes que fazem parte de bandas para uma conversa descontraída nesses áridos tempos de greve.
Os jovens têm aproveitado a paralisação para ensaiar e aperfeiçoar seus conhecimentos musicais. Curiosamente, todos são os únicos ruralinos de seus respectivos grupos e conversaram abertamente sobre suas trajetórias, expectativas com as apresentações e também sobre o cenário musical independente.
Flávio Júnior, do primeiro período de Jornalismo, faz parte da banda Maverick 2.0. A música é apresentada como uma paixão; ele já realizou aproximadamente 15 shows no Rio de Janeiro em um ano e meio de existência da banda.
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Maverick 2.0 |
– É ruim não ter muito prestígio no meio, pois as pessoas preferem os que possuem empresário e gravadora. Porém, conseguimos agendar alguns shows com certa facilidade.
História comum como a de Luís Siqueira, estudante do quinto período de Administração. A 3DCore possui cinco anos e em sua história o aprendizado tem sido a marca.
– A partir de uma música que inscrevi num festival, reuni alguns amigos para formar a banda. Ninguém sabia tocar direito e era só barulho. Todos foram estudar e, com o tempo, achamos nossa formação ideal.
Sem dúvida, a busca pelo aperfeiçoamento é a marca desses jovens. Nos relatos sobre ensaios e shows, uma palavra resume o perfil de todos eles: dedicação. O estudante Filipe Botelho, quinto período de Jornalismo, é uma prova desse empenho. Membro da Banda New Jam, formada para concorrer no XV Festival de Música e Ecologia da Ilha Grande, Filipe tem na música sua terapia e seu sonho.
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New Jam, foto por Filipe Farioli |
– Na estreia da banda, conquistamos o prêmio de revelação do festival. Procuro me dedicar aos ensaios e também seguir projetos particulares. Objetivamos uma “bagunça”, uma mistura entre músicas ou estilos que faça a alegria de quem está ouvindo.
Assim, a música pode ser, para muitos estudantes universitários, mais do que notas, melodias ou ritmos. Ela pode se transformar também numa maneira de reunir os amigos ou buscar aprendizados. No fim, sabemos todos que uma vida sem música não vale a pena e esses jovens reforçam essa lição. Afinal, quem não gosta de música bom sujeito não é…