Manifestação contra aterro sanitário em Seropédica

por Enila Bruno

Manifestantes em frente ao P1

Na última terça-feira, 22, a população do município de Seropédica, alunos, professores e funcionários da UFRRJ e do CTUR realizaram uma manifestação contra a aprovação, pela Câmara de Vereadores, da construção de um aterro sanitário no local, com previsão de receber o lixo industrial, hospitalar e urbano da capital e de mais cinco outras cidades da região. Os manifestantes se reuniram em frente ao Pavilhão Central da UFRRJ, marchando, em seguida, pela rodovia BR-465 Rio São Paulo rumo à Câmara de Seropédica. A passeata, que começou por volta das 14h, paralisou o trânsito até às 19h, chamando a  atenção para o problema enfrentado pela população da região.



A obra está projetada para ser realizada justamente em áreas de proteção ambiental, especificamente no Aqüífero Piranema. Segundo especialistas, a presença do Aquífero é de primordial importância como reservatório de água para as populações da região metropolitana do Rio. A construção do aterro colocará em risco a existência do reservatório, além de acarretar outros graves problemas.

Por que Seropédica?


Inicialmente, a nova área para receber os resíduos da cidade seria Paciência, bairro da zona Oeste do Rio de Janeiro. Porém, questões políticas e econômicas levaram os políticos cariocas a decidirem manter o projeto de enviar o lixo da capital para cidades vizinhas. E, então, Seropédica surgiu como a mais adequada, já que apresenta áreas desabitadas, vistas como propícias para a implantação do Centro de Tratamento de Resíduos (CTR).

Além das questões políticas, o CTR envolve também questões ambientais e sociais, uma vez que ocupará uma grande área ambiental e a população terá que conviver com ele.

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