A vida por trás das câmeras

por Talyta Magano

“O ilegítimo ‘queime depois de ler’” foi o poema criado e recitado por Alan Miranda, aluno do 4º período, na abertura do penúltimo dia da Comunicar!. Com mediação do professor Édison Gastaldo (UFRRJ), o tema foi “Reportagem Cinematográfica e Fotojornalismo”. Após a apresentação dos palestrantes, Wilson Moreira Filho e Léo Larrubia, diretor e editor de esportes da TV Globo, respectivamente, e Luis Cláudio Alvarenga, do jornal Extra, teve início o encontro. De maneira informal, Wilson e Larrubia detalharam como é a “vida por trás das câmeras”.

Léo Larrubia
(foto de Letícia Santos)

Eles também abordaram questões como a importância de prender a atenção do telespectador, de forma que ele tenha interesse e se sinta parte integrante daquilo que está na tela da TV.

– Jornalismo é uma história que a gente conta com início, meio e fim. A intenção é prender a atenção do telespectador com essa história – comentou Larrubia.

Wilson Moreira complementou Léo Larrubia, afirmando como é difícil a tarefa de mexer com a emoção das pessoas. No caso deles, se torna mais fácil por trabalharem com a “paixão nacional”: o futebol.

Quando questionados sobre a imparcialidade, ambos foram unânimes em confirmar que são orientados para que gostos pessoais não interfiram no trabalho realizado: “Dá para ser [imparcial] e somos totalmente orientados para isso”, ressaltou o diretor.

Wilson Moreira
(foto de Letícia Santos)

Além do mais, segundo Larrubia, o importante é mostrar os detalhes que passariam despercebidos à olho nu. Por isso, sua tarefa é como que realizar o papel de “outros olhos”. Nesse sentido, ele relembrou o caso do jogador que beijou um juiz e levou cartão amarelo.

De maneira descontraída, Luis Alvarenga foi o terceiro e último palestrante da noite. O fotojornalista, que trabalha no Jornal Extra há 12 anos, falou sobre a fotografia e suas experiências profissionais. A princípio, ele frisou a importância de ler e pesquisar, além de sempre buscar e procurar crescer na área. Analisou a fotografia e o fotojornalismo separadamenre e, depois, afirmou que este é o casamento perfeito.

Luis Alvarenga 
(foto de Letícia Santos)

Ele apontou os pontos negativos e os positivos da profissão, como o fato de levar a vida “sob pressão” e não possuir rotina. Aconselhou os aspirantes à profissão a não desistirem, que frustrações são comuns e nunca se deve parar por esse ou aquele motivo. Assim como aconteceu quando fotografou Axl Rose, tendo permanecido o dia inteiro agachado em um canto para não ser percebido pelos seguranças do cantor.

– Isso é o bacana do jornalismo. Esse é o diferencial. São os “perrengues” pelos quais passamos.


Ao final da palestra, Alvarenga apresentou dois vídeos repletos de imagens suas: um elaborado para um seminário em uma faculdade de São Gonçalo e outro intitulado “Realidades”, onde nitidamente percebia-se a característica do fotojornalista em representar o cotidiano, a vida social brasileira.

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