Desafios do Jornalismo Digital

Os palestrantes Fabrício Vitorino (esquerda) e Newton Fleury (direita)
com a professora Ivana Barreto. 

por Letícia Dias, Catarina Villar e Igor Medeiros


Na última quinta-feira, dia 8, alunos de Jornalismo se reuniram no auditório do PAT para debater os novos rumos da profissão. Intitulada “Desafios do Jornalismo Digital Contemporâneo: novas práticas, linguagens, ferramentas, suporte e modelos de negócios”, a conferência começou por volta das 18h30m. O evento foi organizado pela equipe do Laboratório de Convergência Digital II, ministrado pela professora Simone Orlando, além de contar com a colaboração das alunas Carolina Danelli e Anna Kellen Bull, estagiárias da Globo.com e também integrantes da equipe do Laboratório.

Participaram da mesa, mediada pela professora Ivana Barreto, o gerente de produtos da Globo.com Newton Fleury e o editor-chefe do site TechTudo Fabrício Vitorino. Seguindo a proposta temática, os palestrantes demonstraram como, a partir dos novos moldes do jornalismo digital, foi pensado o TechTudo, o portal de tecnologia da Globo.com.

Pós-graduado em Marketing, Newton Fleury falou sobre a ruptura do modelo tradicional de jornalismo a partir da informatização do processo de produção de notícias. O jornalista, que atua há 10 anos na Globo.com, começou sua carreira na empresa com o projeto do game Cartola FC. Newton destacou o valor das redes sociais enquanto guias de leitura. Também ressaltou preocupações importantes que ajudam a aperfeiçoar a plataforma na qual trabalha atualmente: o foco na dúvida do usuário comum, a orientação quanto ao uso de novos produtos e a capacitação de freelancers, colaboradores que escolhem suas próprias pautas de acordo com a demanda.
Fotos: Igor Medeiros

– Hoje, concentramos o grosso da nossa produção em matérias de serviço, porque entendemos essa lógica, do ponto de vista econômico, como muito mais saudável do que o modelo tradicional de mídia – declarou.

 Doutorando e mestre em Letras pela USP, há quatro anos no TechTudo, Fabrício Vitorino traçou uma perspectiva da atividade jornalística em meio às inovações tecnológicas ao longo dos anos. Nesse caminho, o jornalista precisou reconsiderar sua relação com as fontes, as audiências, com o governo e a sociedade em geral. Fabrício ressaltou que, apesar de mudanças tão significativas, o jornalismo sempre precisará de boas histórias, de profissionais que saibam transformar até mesmo o trivial em um relato interessante.

Existem muitas formas de atingir o leitor. Não podemos ter preconceitos com as histórias ou com o público. Informação é o nosso produto, temos que estar abertos a ela. É um negócio, mas a gente tem que abraçar a mudança para chegar ao leitor.

A partir desses relatos, alunos de vários períodos do curso, além dos professores presentes, se sentiram motivados a esclarecer dúvidas e propor novas questões. Assuntos como a fragmentação do consumo; a dependência das ferramentas virtuais e dos meios tecnológicos; o condicionamento do cotidiano pelas redes sociais; e a função social do jornalismo fizeram com que o encontro levasse a uma série de debates construtivos para os alunos.

Para o estudante do oitavo período do curso, Cleiton Bezerra, a conferência auxiliou na reflexão sobre as transformações da profissão.

Fabrício Vitorino responde questionamentos dos alunos

– Acho que a palestra influencia,  porque mostra novos caminhos, novas tendências e novos instrumentos para serem usados pelo jornalista na produção de conteúdo.


Já a discente do segundo período, Thaís Chaves, considerou que a palestra contribuiu por trazer a prática jornalística à Universidade.

Eu considero importante esse tipo de evento, porque temos contato com pessoas que trabalham na área. E é uma maneira de estarmos mais próximos do que vamos fazer trabalhando, ao sairmos da sala de aula. – afirmou Thaís.

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