I Fórum do Curso de Jornalismo da UFRRJ – Tema PPC

Professores e alunos discutem mudanças


por Letícia Dias e Igor Medeiros

Na última quinta-feira, 5, foi realizado o I Fórum do Curso de Jornalismo – Tema PPC. A partir das 18h, alunos e professores se reuniram na sala 19 do ICHS para discutir os rumos que o curso deverá seguir, pela adoção, até o final do ano, do novo Projeto Pedagógico Curricular (PPC). As propostas do diálogo foram apresentadas pela presidente do Núcleo Docente Estruturante (NDE) e também coordenadora do curso, professora Rejane Moreira. Também fazem parte do NDE as professoras Alessandra de Carvalho, Ana Lúcia Vaz e Ivana Barreto. Completando o corpo docente, na ocasião estavam presentes as professoras Simone Orlando e Fafate Costa.
O debate teve início com o relato dos resultados obtidos pela recente visita de inspeção e avaliação do MEC, que objetivou fazer o reconhecimento do curso. Entre 1 e 5, a graduação de Jornalismo obteve nota 3, tendo como critérios avaliativos a infraestrutura, a organização didático-pedagógica e o corpo docente. Considerando a falta de equipamentos mínimos para a devida realização dos laboratórios e aulas, Rejane destacou:
– Fomos reconhecidos com uma nota relativamente baixa, não esperada, mas temos que reconhecer que foi uma nota real.
A visita do MEC gerou algumas mudanças para os futuros jornalistas, dentre as quais se destaca a obrigatoriedade do estágio. Antes opcional, agora a atividade supervisionada será essencial para que os alunos possam concluir a faculdade.  Além disso, 300 horas serão inclusas na nova grade curricular, que passará de 2.870h para 3.170h. Entretanto, a vice-coordenadora do curso, Alessandra de Carvalho, explicou que estas horas “a mais” serão, em grande parte, supridas pelo estágio.
Fotos: Igor Medeiros
Após a apresentação das propostas, os alunos se prontificaram a auxiliar o NDE no sentido de promover ações que contribuam para a melhoria do curso, tendo como base as novas diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação. Integrantes do Centro Acadêmico de Comunicação Social (CACO) levantaram questões como a necessidade de atividades de extensão, projetos acessíveis a toda comunidade acadêmica e transparência na seleção de bolsistas e monitores.
Outro assunto bastante discutido foi a importância dos produtos laboratoriais como exercício necessário para a experimentação dos alunos, além da utilização dos espaços existentes para a divulgação das produções acadêmicas. A possibilidade da elaboração de projetos práticos no lugar das monografias ganhou destaque.
Os docentes também deram lugar ao diálogo sobre a flexibilização e diversificação das disciplinas, que poderiam estar relacionadas às áreas que permitam a ampliação do olhar sobre outros campos. A professora Simone Orlando ressaltou que, por mais que a atividade jornalística exija determinado nível de tecnicidade, não se pode perder de vista as perspectivas humanistas que constituem o campo da Comunicação.
– Fortalecer o campo da Comunicação é reconhecer um território. Esse Fórum é importante para que possamos pensar dentro de uma discussão que, na verdade, é nacional.
Ao finalizar o Encontro, Rejane Moreira reconheceu o empenho dos alunos e declarou que é preciso pensar um curso que não se baseie somente na serialização, mas sim na convergência e mobilidade dos diversos campos do saber.

– As diretrizes vão normatizar o nosso curso. O que vai fazer a diferença é o modo criativo como vamos percebê-lo. É tudo uma questão de adaptação, de entender as limitações institucionais. – Concluiu.

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