A meta do Centro de Arte e Culturad a UFRRJ para 2017 – por Bruno Todaro
O ano de 2017 começa cheio de boas ideias para o Centro de Arte e Cultura. Segundo o secretário Matheus Santos. um dos projetos prontos para serem postos em prática é o cantinho da leitura, aonde livros serão disponibilizados no espaço para doação e empréstimo. Outro projeto em andamento é a montagem de um estúdio musical. Nele, qualquer banda da região poderá gravar seus álbuns de forma gratuita.
Um dos desejos de Matheus é que o espaço seja mais frequentado pelos moradores da região de Seropédica, Itaguaí, etc. Muita gente não sabe, mas o CAC não é destinado exclusivamente aos alunos universitários. Todas as oficinas são abertas para todos, independente de a pessoa estudar ou não na UFRRJ. O secretário, que também estuda filosofia na universidade, define: “[O CAC] É uma forma de agradecer à comunidade por ceder o espaço para os alunos da rural, que em sua maioria vêm de outras cidades.”.
Criado no dia 02 de outubro de 2007, o Centro de Arte e Cultura é um espaço aonde os estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro promovem a arte na comunidade seropedicense. Até o final de 2016, eram oferecidas 26 oficinas diversas, ministradas por 21 oficineiros diferentes. Essas oficinas não são fixas, o que significa que podem ser substituídas, retiradas, assim como outras podem ser adicionadas. O CAC, apesar de ser independente, tem um convênio com a universidade, que disponibiliza verbas para o espaço cultural. Como parte do acordo, é obrigatório que todas as oficinas sejam lecionadas por estudantes matriculados na instituição.
Dos 21 oficineiros atualmente em atividade, 10 são alunos de Belas Artes na UFRRJ. Para eles, além da bolsa de apoio técnico, ministrar uma oficina conta como estágio supervisionado obrigatório. A aluna Emily Grosman, do terceiro período, é um exemplo. Ela é responsável pela oficina de pintura, disponível em três horários por semana. De acordo com ela, a maioria dos alunos é composta por estudantes da Universidade Rural, mas poucos dão sequência às aulas, deixando de ir nos dias seguintes. Geralmente, cada aula têm em média três alunos, mas nem sempre são os mesmos, o que acaba dificultando um cronograma específico a ser seguido por todo o semestre. Emily diz também que a universidade disponibilizou verbas no ano de 2016 para a compra de materiais no CAC, porém não foi o suficiente para suprir. Ela pede para que seus alunos levem alguns materiais de casa, como pincel, por exemplo.
Também do terceiro período de Belas Artes, David Neri dá oficina de desenho artístico. As turmas têm alunos de idades variadas, que vão de sete até os 30 anos. De suas três turmas, duas são cheias, e uma não tem muitos inscritos, sofrendo também com a falta de continuidade de seus alunos. Em suas aulas são usados os seguintes materiais: carvão, lápis, borracha, papel, e para as aulas de escultura, argila, algumas ferramentas e gesso.