— por Lucas Meireles
A estudante do curso de Jornalismo, Priscilla Raposo, produziu, para uma disciplina, a série “O Anel de Bambas”, sobre as mulheres nas Escolas de Samba para além das rainhas e musas de bateria e das alas das baianas. O objetivo é narrar as histórias de mulheres que ocupam três funções: intérprete de samba-enrede, compositora e presidente, espaços tradicionalmente ocupadas por homens nas agremiações carnavalescas.
Orientada pela professora Fafate Costa (DLC), Priscilla desenvolveu o trabalho para a disciplina Projetos de Criação Audiovisual. O episódio piloto foi protagonizado pela primeira intérprete feminina da história da GRES Vila Isabel, Thatiane Carvalho.
Fã de samba desde criança e torcedora do Salgueiro nos Desfiles, a estudante afirmou que sempre teve interesse em fazer um trabalho audiovisual relacionado ao Carnaval. O próprio nome da série faz referência a canção “Não deixe o samba morrer”, de Aloísio Silva e Edson Conceição, sendo imortalizada na voz da cantora Alcione. Na gíria do samba, o “bamba” é aquele sambista nato.
“Essa minha relação apaixonada com o samba, junto com as análises críticas que a gente faz ao longo da vida e a luta feminina por desconstrução dos determinismos me levaram a observar os papeis e espaços das mulheres ‘no maior show da Terra’. Quem reergueu a minha escola foi uma mulher, uma presidente, a Regina Celi Fernandes, então ela foi a minha inspiração. Comecei a ter um olhar mais cirúrgico de como as mulheres estavam atuando em funções que eram estritamente masculinas. Daí veio a ideia de conversar com compositoras, intérpretes, diretoras e com a única presidente”, explicou a estudante.
Confira abaixo o primeiro episódio completo da série “O Anel de Bambas”:
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