Protesto de alunos e professores da UFRRJ
por Lais Jannuzzi e Lucas Gomes
|
foto por Lais Januzzi |
No último dia 31, ocorreu uma mobilização de estudantes e professores da UFRRJ com concentração em frente ao Restaurante Universitário, o conhecido bandejão, onde Thiago Pará, aluno do curso de Ciências Sociais, orientou os manifestantes. Houve a formação de duas “filas indianas”, B e C, cada uma responsável por ocupar um sentido da BR 465 (antiga Rio-São Paulo); a equipe A, por sua vez, já se encontrava no local para garantir a passagem dos alunos pela cerca de arame que circunda o campus da Universidade. Thiago citou as reivindicações que motivaram o protesto: melhoria na qualidade da educação da universidade, pleito também dos docentes; garantia de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) repassado para a educação pública.
Às 15h, a passeata tomou o rumo dos alojamentos e, em seguida, da antiga Rio-São Paulo. Viaturas já aguardavam no local e, em frente ao ICHS, a cerca de arame havia sido removida. Enquanto professores e alguns alunos, que faziam parte da equipe de organização, conversavam sobre o andamento da manifestação, os demais foram tomando conta da estrada. Em poucos minutos, ocorreu um grande engarrafamento, o que levou um dos policiais a ameaçar usar gás para conter o movimento.
Diante da “barreira universitária” – composta também por tocos de madeira e cartazes – os motoristas tentaram saídas alternativas. Não tiveram êxito. Alguns, com os ânimos exaltados, jogaram os veículos em cima dos estudantes. Houve dois tipos de resposta: diálogo e hostilidade, como um chinelo atirado em uma Kombi. Quando indagados sobre suas opiniões, a maioria dos motoristas disse que apoiava a reivindicação, porém, deveria ser realizada sem atrapalhar o trânsito. Como tentativa de solucionar o impasse, policiais e estudantes elaboraram um sistema de revezamento das pistas, ocupando uma e outra alternadamente. Com o passar do tempo, os manifestantes foram convidados a encerrar o movimento em uma reunião bem em frente ao ponto de partida do protesto.