Rádio e Novas Tecnologias em debate na Comunicar!

por Naysa Moraes

Em segundo lugar no ranking de credibilidade entre os brasileiros, o rádio ganhou um dia de palestras e debates na I Semana de Comunicação do curso de Jornalismo da UFRRJ – Comunicar. O evento contou com as presenças dos professores Sérgio Carvalho (UNESA), que já trabalhou no Sistema Globo de Rádio como repórter e produtor, e Marcelo Kischinevsky (UERJ), um dos criadores da Rádio 91.50 FM. Ambos destacaram o rádio como veículo marcado pelo companheirismo que estabelece com os ouvintes, além de fornecer a informação instantânea. A mesa foi mediada pela professora Ivana Barreto.

Sérgio Carvalho
 (foto de Mariana Dias)

Sérgio Carvalho, tendo como subsídio a pesquisa de opinião da SECOM, de maio de 2010, deu inicio a sua fala comentando as características do veículo e ressaltando seus pontos positivos. Também apresentou dados estatísticos que revelam a sua importância na prestação de serviços e na transmissão de notícias:


– Quando você está conectado a esse tipo de informação, como a fornecida pelo rádio, é possível fugir de um engarrafamento ou até se prevenir contra um tempo ruim, como as chuvas em São Paulo, por exemplo.


O jornalista comentou ainda a segmentação das rádios por gêneros e as preferências do público. Com o surgimento do estilo radiofônico “All News” – rádios com enfoque em notícias – e dos canais na web, esse meio de comunicação mostrou que as inovações digitais e as novas tecnologias não representam seu fim, mas um novo e imenso campo de novas possibilidades de que a informação esteja ao alcance de todos:

– Não precisa ser alfabetizado para ser impactado pela informação, o rádio é importante porque o conteúdo é relevante, de fácil assimilação, interessante e, principalmente, grátis.

Sérgio Carvalho afirmou que o rádio é um meio que trabalha com a sensorialidade, ou seja, quem produz conteúdo radiofônico tem que ser os “olhos” do ouvinte. Não basta ter uma informação imediata, o jornalista precisa transmitir todas as sensações a quem não tem a possibilidade de ver a cena noticiada. Para exemplificar, o palestrante finalizou sua fala com o áudio da Rádio Gaúcha, em comemoração ao 7 de Setembro, que simulava a cobertura da Independência do Brasil “em tempo real”.

Marcelo Kischinevsky 
(foto de Mariana Dias)

Depois, foi a vez de Marcelo Kischinevsky comentar a importância do rádio no quadro de transmissão de notícias e informação à população brasileira e como a TV e o rádio devem se reinventar para acompanhar a inserção das novas mídias. Segundo ele, as pessoas buscam não somente sofrer os impactos informacionais, o público deseja interagir, opinar e ser parte do conteúdos. E, para o professor, o rádio vem desempenhando bem esse papel. Kischinevsky citou as rádios colaborativas como um grande exemplo de interatividade. E quando questionado sobre o porquê da rádio continuar obtendo sucesso, mesmo diante de tantos outros meios de comunicação, inclusive da Internet, ele respondeu:


– O rádio está em 90% dos lares brasileiros, tem gente com rádio e sem geladeira em casa, isso demonstra o companheirismo desse veículo, a informação que toca o ouvinte e dá lugar à emoção.

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