Último dia da Comunicar discute o espaço da mulher no jornalismo esportivo
Por Filipe Marques e Nathália Loyola
A Comissão Organizadora da Semana Acadêmica de Jornalismo promoveu, na sexta-feira, dia 22, um debate em que as participantes falaram sobre Jornalismo Esportivo. A palestra teve início às 18h, no auditório do Pavilhão de Aulas Teóricas (PAT). A noite foi repleta de experiências pessoais, paixão profissional e trocas de conhecimento.
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Cristina Diffat, Jessica Mazza e Daniela Cristhoffer Foto de Thiago Silva |
Constituíram a mesa: Cristina Diffat, parte da diretoria da Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (RJ) e blogueira; Daniela Cristhoffer, apresentadora e repórter do Programa Stadium, da TV Brasil; e Jessica Mazza, repórter do Jornal Lance. As palestrantes aproveitaram para falar também sobre a figura feminina no campo do jornalismo esportivo e as barreiras enfrentadas em um espaço que era oferecido apenas para homens.
Cristina Diffat, que escreve para um blog de futebol há 11 anos, leu relatos de outras jornalistas para discutir como a mulher é representada no esporte pela grande mídia, o valor que é dado a elas por esses meios de comunicação e como as oportunidades são reduzidas dentro desse ramo. O preconceito é presente nas coberturas, tanto da parte da equipe técnica e quanto dos torcedores.
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Foto de Thiago Silva |
– Espero que, em breve, a gente não precise mais ouvir que não sabemos fazer análise de jogo – Cristina comenta com insatisfação.
Jessica Mazza, ex-aluna do Curso de Comunicação Social da UFRRJ, serviu de exemplo para quem está se graduando na Rural e quer trilhar os mesmos caminhos. Como repórter do Lance, ela atua nas áreas do esporte que a mídia menos publicita, como o Surfe. Durante a palestra, não deixou de fora sua luta, e enfatizou que o preconceito não está em tratar mal uma pessoa, mas em desconfiarem do potencial dela.
As olimpíadas e as paraolimpíadas não ficaram de fora da discussão. Daniela Christoffer comentou sobre o dia-a-dia no programa Stadium, da TV Brasil, e a forma de abordagem do esporte sob esse ângulo.
– Trabalhar com esporte paraolímpico é muito delicado. É preciso simplificar a deficiência do atleta. Ele não é “deficiente visual”, ele é “cego” – explica a apresentadora.
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Foto de Filipe Marques |
Daniela, hoje, também é blogueira, e produz conteúdo sobre esporte e saúde; Para isso, possui um grupo formado por profissionais da área médica que a auxiliam.
A IV Comunicar!terminou como começou: com muita reflexão sobre a funcionalidade social das grandes mídias, com inclusão das minorias e relatos de quem “sofre na pele” os preconceitos em cada ramificação dentro da área da comunicação.