Descriminalização do aborto foi tema de debate para o curso de Ciências Sociais

Evento aconteceu na terça-feira, 02/10, e contou com a presença de 60 pessoas no Auditório do PAT

— por Lucas Meireles

Cartaz do evento sobre Descriminalização do aborto

Foto: Divulgação

O curso de Ciências Sociais promoveu, na  terça-feira (02/10), às 18h, no Auditório do PAT, uma mesa redonda. O tema foi “Descriminalização do aborto no Brasil: desafios e impasses”.

Organizado pela professoras Naara Luna (DCS) e Moema Guedes (DCS), a mesa foi composta pelas pesquisadoras Ana Paula Sciammarella e Camila Mantovani, com mediação da professora Moema Guedes.

Advogada, docente da UNIRIO e doutoranda (PPGSD/UFF), Ana Paula também integra dois grupos de pesquisa. O Núcleo de Estudos e Pesquisa em Lutas Sociais (NELUTAS) e o Núcleo de Estudos em Gênero, Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos (LEGS) da UNIRIO.

Camila Mantovani é membro do grupo Esperançar – cristianismo e Direitos humanos  e da Frente Evangélica pela legalização do aborto. O primeiro grupo objetiva “promover a reflexão sobre o real sentido do evangelho através de debates e mediações pastorais, tendo como sentido a luta contra toda a opressão, seja ela através do racismo, do machismo, da LGBTTfobia ou de classe”. Enquanto a Frente, busca defender o direito das mulheres dentro das igrejas.

Atualmente no Brasil, o aborto não é punido somente em dois casos. Quando não há outra forma de preservar a vida da mãe ou quando a gravidez é decorrência de um estupro. Segundo a professora Naara Luna, no Congresso Nacional é visto um movimento para restringir ainda mais o aborto. Por isso a importância de trazer o debate.

“A Ana Paula falou sobre a ação ADPF 442, que pleitea que o aborto voluntário realizado até 12 semanas não seja imputado como crime. Camila mostrou como mulheres evangélicas se engajaram para formular  a proposta de lei, a fim de impedir que mulheres morram em situação de aborto clandestino. Moema mostrou os números do aborto com dados da pesquisa sobre aborto no Brasil , mostrando que mulheres de todas as crenças religiosas realizam aborto e que as mais pobres e menor nível de instrução realizam mais vezes”, comentou Naara Luna.

Ao final do debate, foi aberto para perguntas por parte da platéia.

 

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