Crônicas do Editor: Viagem a Inhotim

Foto: Maite Blancquaert

por Lucas Meireles

O PET Dimensões da Linguagem, em parceria com a Direção do ICHS, promoveu, entre os dias 07 e 09 de Novembro, uma visita ao Museu de Inhotim, localizado na cidade Brumadinho – MG e eu fui escalado para cobrir.

Na manhã do dia 07/11, me dirigi cedo à rodoviária do P1, onde aguardaria para acompanhar a excursão a Minas Gerais. Também esperando pelos ônibus disponibilizados pela UFRRJ, estavam cerca de 60 pessoas, entre membros do PET, alunos, professores e técnicos-administrativos. Antes do embarque, o aluno de Belas Artes, Renato Borges, falava sobre a oportunidade de se visitar este que é o maior museu a céu aberto da América Latina, sobretudo pelo fato de o local ter passado por problemas financeiros recentemente.

Por volta das 10h, já devidamente acomodados em nossos respectivos ônibus, partimos em uma viagem de aproximadamente 13 horas até a cidade mineira de Brumadinho, onde faríamos o check in em nossos respectivos hostels.

No dia seguinte, todos estavam ansiosos por conhecer o Instituto. A professora do curso de Jornalismo, Maite Blancquaert, me disse que chegou até a comprar um livro sobre arte contemporânea para ler durante a viagem. Sua colega de docência, Rejane Mattos, me falava sobre a expectativa de conhecer um lugar que tanto ouviu falar.

Ainda no estacionamento, o aluno de Filosofia, Antonio Carlos Lima, me dizia que não sabia o que esperar do Museu, mas já se sentia grato pela oportunidade de conhecer novas pessoas. O aluno de Jornalismo, Eduardo Oliveira, conversava comigo sobre como ele pretendia levar esta experiência para os amigos quando voltasse para o Rio de Janeiro. Depois disso, o grupo de pessoas ficou livre para trilhar, de forma não guiada, os mais de 20 km2 repletos de galerias, instalações de arte moderna e jardins do Parque.

Entre inúmeros tipos de árvores originárias de diversas partes do mundo, amoreiras e jabuticabeiras se encontravam em diferentes obras produzidas por muitos artistas. Algumas interativas, outras não. E ainda que nem todas fossem facilmente compreendidas, pareciam extremamente fascinantes. Era comum ver o grupo parando para admirar, contemplar ou simplesmente tirar fotos.

Como nossa comitiva estava bastante fragmentada, os encontros pelo meio do caminho eram sempre acompanhados de dicas de lugares para se visitar. Os preferidos do público me pareceram: “Viewing Machine”, de Olafur Elialisson, e “Beam Drop Inhotim”, de Chris Burden, além das galerias “Cosmococas”, de Hélio Oiticica, e “Linda do Rosário”, de Adriana Varejão.

Durante o almoço, a professora e tutora do PET Dimensões da Linguagem, Simone Orlando, uma das organizadoras da viagem, falou sobre a principal distinção de Instituto Cultural Inhotim para os demais museus. Para ela, museu geralmente remete a algo parado, estático e histórico, bem diferente do que ocorre em Inhotim, onde a fruição acontece de forma mais intuitiva e há ideia de movimento.

Enquanto alguns descansavam, a aluna de Belas Artes, Aline Cozta, contava que, apesar de já possuir uma bagagem teórica, estava aproveitando o Museu como leiga. Aline também comentou sobre a experiência de entrar em contato com obras de arte contemporânea, ramo que, segundo ela, ainda é pouco explorado em seu curso. Ela aproveitou a Galeria Claudia Andujar para fazer um de seus hobbies, desenhar.

Já muito cansados de andar, nos reunimos novamente por volta das 16h30min. Horário que, durante a semana, o Instituto fecha. Para podermos embarcar novamente no ônibus e voltar para o centro de Brumadinho.

A volta para Seropédica aconteceu na manhã do dia 09/11, por volta das 10h. Em um momento, durante as cerca de 14 horas de viagem, a técnica do Departamento de Artes, Sheila Segóvia, que entrevistei para o Portal Humanidades, me contava que além do Museu, o que mais gostou na viagem foi a oportunidade de aprofundar laços de amizade que já possuía. Esta viagem foi a primeira a juntar todos os grupos que formam a comunidade acadêmica: docentes, discentes e técnicos-administrativos.

A integração, aliás, foi a tônica da excursão. Seja no Instituto Inhotim, nos corredores dos hostels ou nos ônibus, todos se mostravam em estado de felicidade por poder trocar experiências com pessoas de diversos cursos como Belas Artes, Ciências Sociais, Economia, Educação Física, Filosofia, Geografia, Hotelaria, Jornalismo, Psicologia e Relações Internacionais.

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