Feira de Relações Internacionais atrai jovens para a temática cultural no ICHS

Proposta foi aproximar alunos de Ensino Médio da academia, através do debate social e da visibilização de novas perspectivas de mundo.

– Anette Araujo e Luciana Sá Freire

 

A 1a Feira Cultural de Relações Internacionais (FECRI) ocorreu no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) no último dia 05 de setembro. O evento contou com a presença de alunos secundaristas das escolas públicas de Seropédica, além de estudantes da UFRRJ. Negritude, direitos humanos e feminismo foram algumas das pautas abordadas nas rodadas de palestras. Segundo Cássia Vieira André, uma das organizadoras da FECRI e aluna do 7º período do curso de Relações Internacionais, os temas tinham objetivo de tratar preconceitos em forma de debate no contexto cultural do Brasil e do mundo, aproximando os jovens dos debates produzidos no meio acadêmico e estreitando as relações de diálogo entre comunidade.

 

Cássia Vieira André, aluna e uma das organizadoras do evento (foto: Anette Araujo).

 

A professora Maria do Rosário Roxo, vice-diretora do ICHS, e o professor Luiz Felipe Osório, coordenador do curso de Relações Internacionais, abriram o evento na primeira mesa da tarde. “Às vezes nós pensamos que as relações internacionais estão muito longe do nosso cotidiano, mas não, elas nos afetam todos os dias“, comentou Luiz Felipe que ainda exemplificou, “vemos, por exemplo, no caso dos refugiados que chegam ao nosso país“, comentando o recente caso dos venezuelanos que cruzaram as fronteiras brasileiras para fugir da crise econômica que se instaurou no seu país e do caso de haitianos que imigraram após as catástrofes naturais que assolaram a ilha, e completa, “um evento cultural como esse tem tudo pra marcar a história do nosso curso e da nossa universidade“.

Profª. Maria do Rosário e Profº. Luiz Felipe Osório na mesa de abertura do evento (foto: Anette Araujo)

As minorias do mundo

Representantes da embaixada do Japão foram convidados a falar sobre os 110 anos de imigração japonesa no Brasil. Enquanto que, o Centro Cultural Cervantes trouxe a temática da língua espanhola como a segunda língua mais importante na atualidade e a necessidade de entendimento entre os povos. A Cruz Vermelha comentou a cultura de guerra e a imigração. A doutora em economia política internacional e jornalista, Havana Marinho, trouxe a perspectiva de quem esteve em campo em Betlehem, Palestina, e abordou feminismo, direitos humanos e democracia. Além de Roana Mayara da Silva Nunes, Internacionalista pela UFRRJ, compôs a mesa de debate sobre feminismo negro e apontou a necessidade de mostrar que a academia também é composta por negros.

Mais de 600 pessoas demonstraram interesse em comparecer ao evento pelas redes sociais. A programação seguiu durante a tarde e a noite com eventos simultâneos. Além das mesas e palestras, as oficinas foram um modo prático de conexão intercultural. Os jovens puderam aprender origami, confecção de turbantes, desenho, tecido acrobático, fotografia, taiko japonês, roda de rima e desfile de moda afro-brasileira.

  • Público acompanhando a abertura do evento e o debate com representantes da cruz vermelha sobre migrações e ajuda humanitária (foto: Anette Araujo)

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